História de Saquarema Veja como Surgiu o Nome da Cidade

Saquarema tem muita História que talvez você ainda não conhece ou já Esqueceu 


historia saquarema



Por volta do ano 1000, tribos indígenas de língua tupi provenientes das bacias dos rios Madeira e Xingu, na margem direita do rio Amazonas, ocuparam a maior parte do atual litoral brasileiro, expulsando os habitantes anteriores, falantes de línguas do tronco linguístico macro-jê, para o interior do continente. Quando os europeus chegaram à região de Saquarema, no século 16, esta estava ocupada pela nação tupi dos tamoios, também chamados tupinambás.[7]


Em 1530, dom João III, rei de Portugal, reconhecendo que o sistema de "excursões" para guardar as costas do Brasil exigia grandes sacrifícios e não apresentava resultados satisfatórios, devido à falta de portos onde se pudesse atracar com as embarcações para prover a colônia de mantimentos e homens, resolveu fundar uma colônia nas margens do Rio da Prata.


Para isso, organizou uma frota com duas naus, um galeão e duas caravelas e uma tripulação de aproximadamente 400 pessoas e tendo, como comandante, Martim Afonso de Sousa, com poderes extraordinários concedidos por dom João III através de uma carta régia datada de 20 de novembro de 1530. Dentre tais poderes, destacava-se o de tomar posse e colocar marcos em todo o território até a linha demarcada.


Saindo de Lisboa em 3 de dezembro de 1530, chegou à Baía de Todos-os-Santos em 13 de março de 1531, depois de ter se dividido. Uma parte da frota dirigiu-se ao norte. No dia 17 do mesmo mês, Martim Afonso de Sousa reiniciou a viagem indo em direção ao sul. Após contornar Cabo Frio, atracou em frente ao Morro de Saquarema (morro da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré), no lugar onde hoje é a construção da Barra Franca.


Alguns tripulantes desembarcaram e foram entrar em contato com uma grande tribo de índios que obedeciam às ordens do chefe Sapuguaçu. Esses índios moravam em choças feitas de sapé ou tábua com uma porta em cada extremidade e sem repartimento no interior.


Os utensílios mais comuns eram:



"yni" – rede de dormir; "urupema" – peneira; "lyma" – fuso; "uru" – cesto pequeno com tampa; "ygaçaba" – talha cheia d’água; "camuty" ou "camucin" – pote de boca pequena; "yunduá' – pilão; "pyça" ou "puça" – rede de pescar; "urucu" ou "jity" – cesto de pescar; "pindayaba" – caniço; "yapara" e "uyba" – arco e flecha; "yagaras" – canoas feitas de um só tronco de árvore.


Os tamoios eram ótimos canoeiros. Remavam de pé a um compasso certíssimo, com o que ficaram maravilhados os europeus. Assavam peixes sobre brasa, ou então sobre um gradeado de madeira, a que se dava o nome de "mokaem" (moquém). Ao assado envolvido em folhas, chamavam "pokeka", hoje chamado de moqueca.


À carne e ao peixe pilado e misturado com farinha, davam o nome de "paçoka". Sua bebida preferida era feita de suco de caju que eles chamavam de "caium". Tinham sempre guardada, na choça, a farinha de mandioca – "carimã" e a usavam para fazer um bolo enroscado chamado "ubeiju", de onde vem o nome do beiju.


Gostavam da dança chamada de "poroce" e, nela, utilizavam ornamentos feitos de plumas de garças ou araras que eram o capacete chamado de "acangatara" e uma espécie de manto chamado de "açayaba". Tocavam instrumentos que eram a buzina chamada de "mamby", o guarará chamado de "ymbia" e tambores.


Por séculos, esses indígenas dominaram a parte litorânea onde hoje se localiza a sede do município de Saquarema e apelidaram a lagoa de "socó-rema", que quer dizer "bandos de socós" (ave pernalta abundante na lagoa naquela época) e, com a evolução da linguagem, passou a chamar-se saquarema. Os tamoios foram sempre aliados dos franceses e, por isso, foram exterminados pelo então governador do Rio de Janeiro, Antônio Salema.


Salema reuniu a gente do Rio de Janeiro e alguns do Espírito Santo. De São Vicente, veio o capitão Jerônimo Leite com muitos portugueses e índios cristãos. As forças somaram 400 portugueses e 700 índios e a partida da expedição deu-se em 4 de agosto de 1575. Logo, chegaram a uma aldeia onde os tamoios tinham fortificado. Salema e sua gente cercou essa aldeia, num lugar hoje conhecido por campo do Maranguá, travando-se cruéis lutas em toda a capitania. Vários dias já durava o cerco, e então, de acordo com o narrado pelo padre Luís da Fonseca:





Os tamoios, vendo-se perdidos, tomaram a resolução heroica de fazer uma sortida em massa. Reinou, então, uma paz no acampamento inimigo que inquietou Salema. Um jesuíta, o padre Baltazar Álvares, ofereceu-se para investigar o que era, e no dia 21 de setembro de 1575 encaminhou-se para o campo tamoio. Esse jesuíta, com artimanhas, mentiras e promessas lisonjeiras, conseguiu com o chefe dos tamoios, uma entrevista com Salema. O chefe índio, confiante na palavra do padre, cedeu, e de fato, no dia seguinte com toda solenidade, o chefe índio apresentou-se ao chefe branco. Salema, dando sua palavra de honra de militar que os deixaria em paz, exigiu, para isso, a entrega de três franceses que estavam entre os índios, os quais foram enforcados na praia. Transpondo esse obstáculo, Salema continuou a sua marcha pela praia até Arraial do Cabo, onde praticou o mais cruel desbarato.








O rei dom João III, buscando uma solução menos dispendiosa para o problema da colonização do Brasil, resolveu dividir o território em capitanias hereditárias. Foi devido à concretização desse desejo real, que as terras do atual município de Saquarema, passaram a pertencer a Martim Afonso de Sousa, por se encontrar dentro dos limites fixados para a Capitania de São Vicente a ele doada.


Dado a extensão do território da capitania, muitos anos se passaram antes que as terras de Saquarema recebessem os benefícios da civilização. Só em 1594, os padres da Ordem do Carmo, por elas de interessaram, pleiteando e obtendo, em 5 de outubro desse ano a doação de algumas sesmarias localizadas na região. No lugar hoje denominado Carmo, próximo a Ipitangas, iniciaram os religiosos, logo ao chegar, a construção de um convento que denominaram de Santo Alberto e do qual no presente, existe, apenas, como recordação, a imagem do seu padroeiro, venerado na exposição de imagens antigas em uma das salas do palácio do Bispo em Niterói.


Após a chegada dos carmelitas, outras sesmarias foram concedidas nas redondezas das suas, o que motivou a criação de várias fazendas nas terras de Saquarema.[8] No século XVII, foi erguida uma capela dedicada a Nossa Senhora de Nazaré no mesmo lugar onde, hoje, se encontra a Igreja Matriz. No século XIX, houve importante produção de café na região. A partir do século XX, tornou-se uma região basicamente turística e de veraneio[9] .
Origem do Nome[editar | editar código-fonte]


A região que hoje compõe o município era habitada por uma grande tribo de tamoios. Por séculos, os indígenas dominaram a parte litorânea, onde hoje se localiza a sede municipal de Saquarema, e denominavam a lagoa de "Socó-rema" que, quer dizer bandos de socós (ave pernalta abundante na lagoa naquela época). Com a evolução da linguagem, passou a chamar-se Saquarema.[10] Já o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro sugere outra hipótese etimológica para "Saquarema": segundo ele, "Saquarema" pode ser oriundo da junção dos vocábulos tupis sakurá (uma variedade de caramujo) e rema (fedorento), significando, portanto, "caramujos fedorentos".[11]
Geografia[editar | editar código-fonte]


Distante cerca de cem quilômetros da capital do estado, possui as as seguintes praias: Massambaba, Barra Nova, Prainha, Boqueirão, Itaúna, Jaconé, Vilatur e Vila, com condições favoráveis à prática do surfe. Uma das mais famosas é a Praia de Itaúna, que é conhecida como "o Maracanã do surfe"[12] .
Turismo[editar | editar código-fonte]


Cidade predominantemente turística, é conhecida também como "a capital nacional do surfe". As ondas de suas praias estão entre as melhores do país. Além dos campeonatos de surfe nacionais e internacionais, as festas religiosas constituem um importante atrativo para o turismo local. As principais atrações turísticas da cidade são:
As praias, As lagoas, as Cachoeiras, Cascatas e Serras,Muitos Admiradas Por Turistas que Vem a Cidade!
O Sambaqui da Beirada (sítio arqueológico de 4 500 anos);
A Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazareth, de 1630;
O Templo do Rock (museu-residência do roqueiro Serguei);
O Mirante do Morro da Cruz;
O Centro de Treinamento de Vôlei;
A rampa de voo livre.
Cachoeiras do Tingui (no 3º distrito de Saquarema)
Festas Religiosas[editar | editar código-fonte]







Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, em Saquarema


Dentre as festas religiosas, pode-se citar, como a de maior destaque, a de Nossa Senhora de Nazareth (padroeira do município), que ocorre do dia 30 de agosto a 8 de setembro e que é a terceira maior festa católica do Brasil e o mais antigo círio de Nazaré do país, datado de 1630, sendo mais antigo até mesmo que o famoso círio de Belém, no Pará[carece de fontes]. Saquarema possui, também, uma tradicional celebração da Semana Santa. O Beija-Mão, o Canto da Verônica, a Banda de Música com as marchas fúnebres e os personagens históricos representados na Procissão do Enterro causam emoção ao relembrar o sepultamento de Jesus.


Outra festividade muito tradicional no município (desde 1740, introduzida pelo Barão de Saquarema) é a Festa do Divino Espírito Santo (Pentecostes), que ocorre cinquenta dias após a Páscoa e que constitui uma grandiosa manifestação popular e cultural, com a Folia do Divino (uma das únicas cidades do Brasil a ter essa manifestação popular) e suas insígnias. Essas são as três maiores festividades do município e, por isso, vem sendo pleiteado que tais festividades possam ser inclusas como Patrimônio Histórico Imaterial Municipal e Estadual devido à sua abrangência e, assim, possam ser preservadas e continuem sendo manifestações que, todos os anos, atraem milhares de turistas, romeiros e devotos à cidade.


Temos também as festas de São João, que ocorre em 24 de junho; São Pedro, que ocorre no dia 29 de junho e a festa de Corpus Christi, que, com seus tapetes de sal, forma um grande mosaico a céu aberto. Também há a festa de Nossa Senhora da Conceição (padroeira de Sampaio Correa - terceiro distrito), que ocorre em 8 de dezembro e a festa de Santo Antônio (padroeiro de Bacaxá - segundo distrito), que acontece em 13 de junho.
"Capital do Surf"[editar | editar código-fonte]


Saquarema, através de suas praias, especialmente a de Itaúna, é conhecida como a capital brasileira do surf por suas ondas perfeitas e indescritível beleza e força. Poucos lugares no Brasil possuem ondas com o porte das de Saquarema e por isso, na década de 70, sediava os saudosos festivais de surf. Por isso, Saquarema é conhecida por ser a "Capital Brasileira do Surf" e também é chamada por muitos surfistas de "Maracanã do Surf Brasileiro".
Subdivisões[editar | editar código-fonte]


Ver também: Lista de bairros de Saquarema


A cidade está dividida em três distritos e 32 bairros.
Principais acessos rodoviários[editar | editar código-fonte]
RJ-106 - Rodovia Amaral Peixoto
RJ-118 - Estr. Sampaio Corrêa - Jaconé - Ponta Negra.
RJ-124 - Via Lagos
RJ-128 - Av. Saquarema/Estrada do Palmital
Transporte[editar | editar código-fonte]

São empresas de transporte público que atuam no município:


Linhas intermunicipais:
Auto Viação 1001 - Conexão com as cidades do Rio de Janeiro e Niterói.
Viação Montes Brancos - Conexão com as cidades de Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio.
Auto Viação Salineira - Controla a Viação Montes Brancos, Conexão com as cidades de Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio.
Viação Rio Ita - Conexão com a cidade de Rio Bonito.
Viação Costa Leste - Conexão com a cidade de Maricá, mas somente no bairro de Jaconé.
Auto Ônibus Fagundes- Conexão com Niterói, via BR-101/RJ-124 mas somente no período de Férias.


Linhas municipais:
Rio Lagos Transportes - Atua em todas as linhas municipais no município de Saquarema.ela vai a vários Bairros como Bacaxá,Jaconé,Sampaio Correa,Vilatur,Saquarema,Palmital,Rio da areia,Mombaça,jardim, entre outros.
Fonte: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.https://pt.wikipedia.org/wiki/Saquarema

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